O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que o Palácio do Planalto já elabora uma agenda legislativa estratégica voltada para as eleições de 2026. Entre as prioridades estão o fim da escala 6×1, a PEC da Segurança Pública, o PL Antifacção e a regulamentação das big techs.
Nesta semana, a Câmara decidiu adiar a análise do PL Antifacção e da PEC da Segurança Pública para 2026, quando a votação será retomada após o recesso parlamentar.
Guimarães avaliou o adiamento de forma positiva: “Embora seja prioridade do governo, ainda não tínhamos o texto. Votar uma matéria dessas sem antes discutir com o Ministério da Justiça não é aconselhável”.
Sobre o fim da escala 6×1, ele reconheceu que o tema inicialmente provocou “indiferença” no Congresso, mas hoje é tratado com “bastante razoabilidade”. Quanto à regulamentação das big techs, Guimarães ressaltou: “Não podemos partir para a eleição sem lei”.
O governo também pretende levar à pauta, no próximo ano, a discussão sobre a tarifa zero no transporte público, prioridade do PT, que dependerá de definições da área econômica para avançar.
Em abril, o partido deve promover um debate nacional sobre os rumos do PT e a estratégia da campanha de reeleição do presidente Lula.
Guimarães avaliou que o cenário eleitoral de 2026 ainda é incerto para disputas ao Senado, à Câmara e aos governos estaduais, mas destacou que Lula “se consolida como uma grande possibilidade” para o Executivo.
Segundo o líder, a prioridade número um do PT e do governo é a reeleição do presidente, seguida da formação de uma bancada forte no Congresso.
“Quero eleger no mínimo 90 deputados federais, pelo bem da governabilidade do Brasil”, afirmou, ressaltando a importância de uma base parlamentar sólida para sustentar um eventual quarto mandato de Lula.
Guimarães destacou que o quadro de pré-candidatos está “bom”: nove para os governos estaduais, 19 para o Senado e uma “imensidão” para a Câmara. Ele acredita que esse cenário ainda pode ser reformulado até 2027.
No Nordeste, o líder afirmou que a situação está praticamente definida, com exceção da Paraíba e do Maranhão, onde as articulações ainda estão em aberto.
No Ceará, seu estado, o PT trabalha pela reeleição do governador Elmano de Freitas. “Ele tem o direito de ser candidato à reeleição e estamos preparados para ganhar”, declarou.
O líder também reforçou que o PT nacional mantém como prioridade a pré-candidatura ao Senado pelo Ceará. “O partido não abre mão dessa candidatura”, concluiu.