Celso Sabino é expulso do União Brasil por descumprir decisão do partido

União Brasil rompeu com o governo e afastou o ministro por não deixar o cargo no prazo estipulado
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O União Brasil decidiu, nesta segunda-feira (8), expulsar o ministro do Turismo, Celso Sabino, e cancelar oficialmente sua filiação.

A medida foi tomada pela Comissão Executiva Nacional da legenda após o ministro manter-se no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), contrariando uma determinação interna anunciada em setembro.

Em setembro, o União Brasil comunicou que deixaria a base governista e estabeleceu um prazo de 30 dias para que todos os seus filiados que ocupavam cargos no Executivo deixassem suas funções. A permanência, segundo o partido, caracterizaria infidelidade partidária.

Mesmo com a orientação, Celso Sabino preferiu continuar à frente do Ministério do Turismo, o que levou à abertura de uma representação contra ele e deu início ao processo disciplinar.

Expulsão por unanimidade

A decisão desta segunda confirma o parecer do Conselho de Ética da legenda, que havia aprovado por unanimidade a desfiliação do ministro no dia 25 de novembro.

Desde outubro, Sabino já estava afastado internamente do partido e aguardava o desfecho do procedimento disciplinar.

Durante a crise, Sabino afirmou ter apresentado uma carta de demissão ao presidente Lula.

O ministro relatou que o próprio chefe do Executivo pediu que ele permanecesse no cargo, especialmente por conta da organização da COP30, que ocorrerá em Belém (PA).

Mesmo assim, a permanência acabou custando sua vaga no partido.

Diretório do Pará sofre intervenção

Além da expulsão de Sabino, a Executiva deliberou pela intervenção no Diretório Estadual do Pará, que agora será comandado por uma comissão interventora.

A decisão atende a uma segunda representação analisada na mesma reunião.

Sabino, que está no seu segundo mandato como deputado federal e atualmente se encontra licenciado, não deve perder o mandato com a desfiliação.

O entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite que ele busque uma nova sigla sem prejuízo político.

O ministro é apontado como possível pré-candidato ao Senado, nas eleições do próximo ano.

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